domingo, 29 de abril de 2012

"A gente mal nasce e começa a morrer..."




"Porque não há nada sem separação", já diria o poeta.Foi mesmo um desencontro. Desses muitos que existem por aí. Neste caso por aqui. Não estamos alheios a eles.

Você veio como um susto e partiu como ausência do que poderia ter sido e não foi. Como nos bons encontros passageiros.

Quero que saiba que o pouco tempo ao teu lado - em minha morada - fez de mim a certeza da Renata que  renasce. Minha missão nessa vida é dar sentido ao meu nome: nascer, renascer, transformar e permitir que todos ao meu redor não tenham medo de ser concha, olhar para si e renascer dos grãos de areia e pedras, tornando-se pérola.

Acredito na sabedoria da vida e ela me trouxe a bela confirmação do acaso: maio seria mesmo um mês de transformação e que a imagem da leveza do campo de margarida, comigo permaneceria. Será preciso buscar a leveza de ser. Apenas ser.

Te ter já não é mais uma possibilidade. Acreditei, de verdade, nos sonhos que você traria junto do sorriso largo e da pureza infantil. No entanto, foi preciso te ver partir.

Permaneceram comigo a certeza da humildade, do amor, das escolhas e de que a vida está no controle. Ela tem sempre razão.