sábado, 25 de junho de 2011

Da série: Porquê não somos uma ilha....



Parte I - O que não dizemos...

- E acho que com minha necessidade de falar, sinto que menos ainda esgota as coisas que quero escutar, parece que tão pouco sei como você está. É algo meu ou você compartilha desse sentimento?

- Acho que a dificuldade da conversa foi simbólica e fiquei pensando: será que ela tem paz e espaço para poder ficar sozinha e falar segredos para ela mesma?

Parte II - Eu queria...

- Queria ter dito mais.Queria ter reforçado que o que alcançou já é uma vitória. Você está se abrindo e se dedicando às suas paixões. Quer melhor confirmação?

- Em todo contato minimamente mais próximo contigo, minha perspectiva de mundo muda. Parece que tudo que sinto se rearranja e consegue engrandecer.Queria para mim um pouco do olhar que tem sobre mim.

Parte III - Sempre no amor...

- Terminei minha noite apaixonada por você! Com vontade de te devorar e no melhor sentido poético...de ter um pedacinho dessa sua beleza cá comigo, sempre!Te encontro no amor, Eu.

- Acho que você não tem idéia do tanto de poder que seus olhos e suas palavras te dão.Te quero por perto sempre. No amor, Ela.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Do xixi à mitologia grega


- Caso você fosse uma bebida, você nunca seria um refrigerante e sim um suco natural.
- Artificial nem pensar. Você até pode gostar, mas toma sabendo que o gosto que sente não é bem aquilo, é uma imitação mais barata, mais rápida e por isso (e tantos outros fatores) mais artificial do que o que realmente queria saborear.
- E tem gente que gosta de ser enganado, não é?
- Aham e como gosta. Mas, olha, eu prefiro ser um chá do que um suco natural. Oras quente, oras gelado, mas chá.
-  Chá parece xixi. Dá vontade de fazer xixi. Você não é um xixi.
-  Melhor xixi do que não ser nada. Posso ser um chá mate, daqueles que não parecem xixi e fazem o olho arregalar e o coração acelerar, posso?
- Aí é erva...
- Aí sou Hera*...

* Hera é uma deusa da mitologia grega equivalente a Juno (mitologia romana). Ela carrega consigo um romã, símbolo da fertilidade, sangue e morte, que funcionava como substituto das cápsulas de papoula e ópio.

Quem quiser saber mais sobre Hera: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hera

terça-feira, 21 de junho de 2011

"Teach me how to shine..."



Há pessoas que te ensinam como brilhar. Na tradução literal mesmo. E como diria um dos meus poemas amarelados: eu sabia, sabia que ela seria importante na minha vida, não sei como, nem porquês, mas eu senti.

Acho ainda mais simbólico quando penso que nosso primeiro encontro foi pela decepção e não pelo sorriso. E apesar do palco ter sido o cenário, o nosso cruzar de vidas foi humano, sem as tais máscaras e os figurinos. E como se ainda não bastasse, sem os aplausos.

E se eu partisse hoje para virar noite, diria: a vida vale por esses momentos. Me achar naquele olhar. Te achar na escuridão. Abandonei minha lanterna depois que descobri que o que me guiava mesmo naquela tribo eram as mãos dadas que ela me ofereceu.

(Abro esse parênteses para dizer: acho que empatia poderia ser medida pelo que você sente quando fica de mãos dadas com alguém.)

E se antes eu já achava que as estrelas se disfarçavam de pessoas, tive a minha confirmação. Pessoas são estrelas. Ocupam espaço no tempo e brilham. Brilham enquanto podem e enquanto estão por perto (e não me venham com interpretações métricas).

Brilham enquanto esticam as mãos e te ensinam como ser estrela!

Sua, Gêmea.