terça-feira, 7 de setembro de 2010

Encontro Maduro


Já disse pros quatro ventos o quanto é difícil crescer! Para mim, ingressar no mundo adulto sempre teve algo de cinza, de deixar para trás meu infinito particular. Minhas fantasias, meus sonhos, minha possibilidade de errar, de tentar, de eternamente me rever. Tal como Renata.

Ontem, constatei que ser adulto pode ter uma paz imensa que qualquer outra fase não tem. Fui no casamento de uma daquelas amigas da velha infância e fiz questão de estar ao lado dela nos momentos que antecederam o seu transformar-se em noiva. Essas horas me permitiram construir uma retrospectiva dos momentos que passamos juntas e lembrei de quantas vezes nos questionamos se viveríamos esse momento do casamento.

Não, nunca discutimos como seria o nosso vestido, mas inúmeras vezes discutimos se viveríamos o encontro com o outro. E lembro da angústia que isso dava, a dúvida, o vazio, o medo de cruzar com esse tal alguém e não reconhecer que estávamos vivendo esse encontro.

Quando a vi finalmente vestida de noiva, senti uma paz imensa. Uma certeza de que nos preparamos bem para esse encontro e o mais importante: não deixamos de ser nós mesmas. Juro que nessa hora fechei meus olhos e pensei o quanto eu gostaria de que a aquela Renata de antes sentisse essa paz e essa certeza de que o melhor encontro que a vida adulta pode nos dar é conosco mesmo!