segunda-feira, 29 de março de 2010

A Era do Individualismo

Terremotos. Enchentes. Depressão. Crise econômica. Violência urbana. Corrupção. Exemplos atuais de problemas que têm ilustrados as manchetes dos meios de comunicação do mundo todo. Hoje, os problemas não são mais de um país, de uma cultura ou de uma realidade específica, eles estão endereçados a todos nós.

E que contradição! Ao analisarmos cada um destes problemas tão globais enxergamos como pano de fundo um individualismo extremo: lucro de poucos em detrimento da vida financeira de muitos; uso excessivo das fontes naturais por satisfação de desejos particulares; descrença em instituições e órgãos públicos; abundância de relacionamentos virtuais em contrapartida com a dificuldade de construção de relacionamentos reais e por aí em diante.

Não dá para encarar todos estes fatos e culpabilizar apenas os representantes da geração Y (nascidos a partir da década de 80), o individualismo vem como conseqüência da convivência de diferentes gerações no qual a máxima dos três mosqueteiros “Um por todos. Todos por um.” soa tão distante quanto o ano de publicação do próprio romance: 1844.

É fato que os jovens nascidos a partir dos anos 80 cresceram em um contexto sócio-econômico que estimulou o individualismo, afinal eles nasceram em uma época na qual as famílias são constituídas por poucos membros e com raros momentos de convivência. A ascensão da tecnologia personalizou os meios de comunicação. A cultura do crédito trouxe a possibilidade de realizações financeiras bem particulares, entre outros fatores que poderiam explicar a realidade que nos deparamos todos os dias, mas que, sinceramente, não poderiam justificar.

Jovens, pais, avós, professores, gestores de empresas, nenhum de nós pode aceitar o estigma de que permaneceremos na era do individualismo e não fazer nada para a transformação disso. O individualismo não pode ser considerado uma característica inerente ao ser humano, não é. É preciso estimular, quem quer que seja, a perceber que o impacto disso não será no futuro, será hoje.

Este texto foi escrito a pedidos do Guia Rio Claro publicado também no www.guiarioclaro.com.br

terça-feira, 9 de março de 2010

My dashboard


Haverá o dia que copiaremos o HTML do google analytics e colaremos em algum espaço depois de alguma barra do nosso código genético. Eu sei!

Ao final de cada dia acessaremos, ansiosamente, os nossos dashboards e lá estarão as estatísticas: neste último mês 230 pessoas se conectaram à você. 180 através de ferramentas de busca, 40 se conectaram porque outro citou você e apenas 10 (dezinhos) se conectaram porque, de verdade, queriam ter acesso a quem você é.

Fico daqui imaginando o que as pessoas procurariam, em sua memória, para sem querer querendo cairem em mim (euzinha).

O sonho íntimo de muitos: saber como você é lembrada pelos outros quase estranhos. Quase estranhos eu chamo essa massa de 180 que simplesmente te acessou, mas não necessariamente te leu, compreendeu, comentou.

Tenho certeza absoluta que no meu view report mensal estariam registradas as seguintes estatísticas de busca que levaram os 180 a me acessarem:

25% Acessórios
25% Expressão através da escrita
50% Ela viaja!

E não é que esse google analytics é bom mesmo?!!

terça-feira, 2 de março de 2010

Simples com significado...


Marcamos a data do nosso casamento. Não só isso. Escolhemos o local. Para quem vive esta fase, sabe da complexidade que isso é nos tempos modernos que casar virou moda e indústria!
Eu nunca tive regras, nem ele. Tais como flores nobres cor azul cianesa ou a banda que tocou no casório da não sei quem Galisteu. Nada com a gente foi assim. E nem nos deu tanto trabalho quanto dizem por aí. Assim como na procura pelo apartamento.

Confesso que a gente até insiste em não fechar negócio de primeira, soaria como imaturidade ou falta de opção. Logo na segunda visita, temos a certeza que era aquele lá mesmo! Não, não se trata de algo intuitivo e sobrenatural. Trata-se de ser quem você é e saber muito bem disso.

Ele e eu sabemos, hoje, muito bem quem somos, o que queremos, que estilo de vida e que tipo de sonho queremos a dois. E por isso é mais fácil. Não é o apartamento em si, o bairro, a metragem. Nem o local, o contrato, a data. É o significado!

Somos, sim, mundanos. Quem não é? Erramos, sentimos medo, inveja e vaidade. Questionamos. Mas usamos tudo isso a nosso favor, a favor de um relacionamento a dois entre pessoas tão individuais.

Construímos juntos o título da nossa redação. "Simples com significado". E era uma vez...