domingo, 12 de dezembro de 2010

Nininho

Homenagem ao gato que me ensinou a gostar de gatos...



Caro menino meu,

Ainda é inverno. Acordei com saudades desse nosso setembro. Lembrei do teu gel no cabelo, as calças curtas e a blusa laranja desbotada.Acordei querendo teus olhos a me despir. A pele que me vicia. O teu saber nomear o que nem sei sentir. Os exageros ao final do telefonema. A voz cantando ensaiado nossas baladas. O teu gostar pelos gatos.

Não sei se sabe. Mas sempre(?) preferi os caninos. Eles cabiam no meu final feliz com suas lambidas e promessas de fidelidade. Achava os felinos distantes demais. Foi contigo que aprendi a olhá-los como bichanos.São deles os pêlos em tua roupa, que tanto amassaram em meus braços. São deles o reflexo no espelho enquanto eu retoco meu batom no teu banheiro. São deles a companhia silenciosa nos nossos dias santos.

O fato é que hoje, felinos me lembram você. Meu menino. Cruzo com os pretos pelas esquinas e tenho saudades de quando, desastrado, quebrou o espelho e me ligaste chorando. Aliás como foram esses seus sete anos de azar? Chamo os siameses vira-latas que encontro de "Nininho" e alguns até, acredite, vêm ao meu encontro, trazer-te pra perto de propósito. Os persas me fazem só, nostálgica dos nossos planos e presentes dos 30 dias. Confesso, continuo a preferir os gigantes; mas sorrio feliz com os bichanos. Me trazem a primavera de ter-te em minha vida. Saldo minhas dívidas, parceladas, em um amanhecer em que és dono; um entardecer que estás em detalhes e um anoitecer que é frio sem você para rosronar em meus ouvidos. Dedico-lhe, fielmente, minhas palavras distantes, nunca, tão próximas. Assim como os gatos podem ser...

Sua Menina.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Encontro Maduro


Já disse pros quatro ventos o quanto é difícil crescer! Para mim, ingressar no mundo adulto sempre teve algo de cinza, de deixar para trás meu infinito particular. Minhas fantasias, meus sonhos, minha possibilidade de errar, de tentar, de eternamente me rever. Tal como Renata.

Ontem, constatei que ser adulto pode ter uma paz imensa que qualquer outra fase não tem. Fui no casamento de uma daquelas amigas da velha infância e fiz questão de estar ao lado dela nos momentos que antecederam o seu transformar-se em noiva. Essas horas me permitiram construir uma retrospectiva dos momentos que passamos juntas e lembrei de quantas vezes nos questionamos se viveríamos esse momento do casamento.

Não, nunca discutimos como seria o nosso vestido, mas inúmeras vezes discutimos se viveríamos o encontro com o outro. E lembro da angústia que isso dava, a dúvida, o vazio, o medo de cruzar com esse tal alguém e não reconhecer que estávamos vivendo esse encontro.

Quando a vi finalmente vestida de noiva, senti uma paz imensa. Uma certeza de que nos preparamos bem para esse encontro e o mais importante: não deixamos de ser nós mesmas. Juro que nessa hora fechei meus olhos e pensei o quanto eu gostaria de que a aquela Renata de antes sentisse essa paz e essa certeza de que o melhor encontro que a vida adulta pode nos dar é conosco mesmo!

domingo, 8 de agosto de 2010

2 de agosto

As coisas correm por aqui. No entanto, existem sempre pessoas neste mundo que me fazem lembrar da poesia que há em mim. Curiosamente, são as pessoas que mais me são valiosas por entenderem perfeitamente as entrelinhas. Entrelinhas dessa vida, da poesia humana e das mãos dadas!

Dedico, então, a minha comemoração de aniversário ao meu amigo Caio Tozzi que tem como tradição me dedicar poesias nos dias 02 de agosto (como essa abaixo) e eu dedicar a ele as minhas letrinhas em tantas outras datas da nossa história.


"Você está em algum canto, vou seguir

Nas possibilidades de seus caminhos, vamos rir

Ainda crendo em outras vontades, descobrir

O porquê de não deixá-la sozinha, só para mim


Sigo em outros cantos, vou andando

Encontrando gigantes em pobres moinhos, quanto encanto

Buscando saber de seus quandos, tantos tantos

Pela proteção sincera de seus mantos, santos santos


Enquantos de agosto, a gosto do tempo, a gosto do vento

Vamos deixar

Encantos de agosto, a gosto de mim, a gosto de ti, vou vivendo

Para amar


Quem nos leva neste vasto mundo?, desatino

Quem duvida do tal do destino?, pergunto

Quem se carrega para sempre junto?, ilumino

Quem escapa de coração de menino?, tão profundo


Inevitável para quem acredita na sorte

Enfrentando a poesia, evitando a morte

Encontrando nosso poder em todo conto

Sem saber se é a história quem define os pontos


Quem quiser entender, tenha liberdade

Tempo vai perder ou deixar na saudade

Mais vale toda coisa que já está traçada

Na simplicidade de duas mãos

Quererem estar , eternamente, dadas"

terça-feira, 15 de junho de 2010

Ins´t ironic...don´t you think...

Hoje eu quis fugir. Apenas de amarelo e com pouco casaco. Só sumir. Foi um daqueles dias que me perguntei para aonde, porquê e para quê eu estava indo.

Eu quis chorar quando percebi que por mais que eu tente, não é o bastante. Eu tive raiva quando me dei conta que tenho priorizado aquilo que não mais me satisfaz. Eu me decepcionei quando percebi que ainda cometo os mesmos velhos erros. Até quando?

Não, nenhum jogo de futebol fez tudo isso valer a pena. Aliás, foi só eu deixar de assistir o jogo que o Brasil fez gol. Literalmente, pé frio. Dou azar.

Juro que não é histeria, muito menos crise de 20 poucos anos. Apertei o andar de casa no elevador do escritório. Apertei o andar do escritório no elevador de casa. Decorei o acento do teclado do trabalho, esqueci aonde é o @ do meu canto.

Desaprendi a escrever mais de 140 caracteres quando tô com raiva. Perdi a catarse dessa tela e das letrinhas. Não ouço mais as estrelas. E a Dona Gilda de 95 anos teve que aparecer para salvar meu dia...Ins´t ironic...don´t you think...

sábado, 29 de maio de 2010

Meu herói


Meu herói é Lilás. Lilás é o nome dele e a cor do seu super poder. Mas ele mesmo é bem colorido. Colorido como aqueles que carregam em si o poder de mostrar que há beleza no ser diferente, que há colorido no avesso do mundo de cá.

Meu herói não tem um braço. Cada pé seu tem um tamanho e uma combinação de cor. Seu capacete é apenas um cabelo bagunçado, os botões de sua capa estão fechados de maneira errada e sua calça é feita de retalhos. Vive com rinite alérgica, sorri para qualquer um, é míope e fala engraçado.

Meu herói é questionador, vive percebendo as coisas de um jeito diferente e acha graça nisso tudo. Sofre quando está no mundo de cá e prefere o mundo de lá. Mas percebeu que assim não vai dar. Um herói não pode fugir daquilo que se destinou a viver. Não dá para ver cores só no lado de lá, tem quer ser senhor de dois mundos.

E foi nessa busca de um herói só para mim que o conheci. Na verdade, o reconheci. Matei saudades dele, pedi notícias do mundo de lá e ouvi: Tudo muito colorido, mas meu super poder da diferença só funciona aqui. Fazer o quê. É hora de colorir....

Depois disso, não tive como, o escolhi.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Da série: Aos ajudantes do meu destino...

Às pessoas que me fazem ter vontade de transformá-las em letrinhas. Àqueles que dedico cada passo meu...


1- Tio Argeo

À você que tanto gostava das imagens poéticas das cores e estações e partiu em um dia cinza de inverno...

Em mim existe um pouco dele. Talvez, muito. Neste caos de emoções, não existem medidas; o que sei é que em mim ele está.

Na imagem dos olhos castanhos outoniços, que ele tanto gosta; na varanda do "paraíso"; no verde aonde dorme o gigante; nos farrapos do meu avô; no ver a vida com as cores da poesia - mesmo que em apagão; no não querer ouvir aquilo que já não faz mais sentido; no doer por saber demais sobre a vida, as coisas e o mundo.

Sua presença me faz mais companhia que muitos daqueles que estão por perto, fisicamente. Suas palavras ecoam e ganham sentido, seu viver me ensina a acreditar que há sempre poesia em tudo que vejo, mesmo que os outros assim não creiam.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Poder ser quem se é!


"E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me aceitar." (Clarice Lispector)

Tenho sentido, cada vez mais, que o desafio da humanidade (e me incluo nessa, é claro!) é respeitar o outro em sua individualidade. E peço perdão, de antemão, aos meus colegas psicólogos de plantão: Não, nem você aprendeu a fazer isso.

Talvez não se aprenda mesmo em cadeiras escolares a fazer isso. E aí de nada adianta Heidegger, Jung, Ken Wilber ou qualquer outro autor ( de psicologia, de terapia ocupacional ou mesmo de engenharia). É preciso se rever, olhar para si e tá aí o perigo.

Quem é que olha para si sem buscar porquês, apenas com intuito de se aceitar como pode ser? Encontrar justificativas para teus atos e fraquezas é fácil, afinal você é dono da sua história. Agora, olhar para o outro e aceitá-lo mesmo que pareça esquisito...por enquanto, só o Tim Burton! E olhe lá...afinal, não o conheço!

Escrevo por catarse. Falo por crer que nada que é genuinamente humano pode nos soar estranho ou inadequado. Sou pela epifania que é estar vivo.

sábado, 10 de abril de 2010

"Meu buraco é mais em cima."

Acessei um blog para ler uma matéria sobre educação e tecnologia e achei que os comentários de lá mereciam virar um post aqui. Dá uma olhada no manifesto abaixo e nos comentários a seguir:

Manifesto de um Brasileiro
Apr 6th, 2010 at 9:00 pm

A educaçao no país passa por tantos problemas que essas alternativas chegam a ser incabíveis.

Várias escolas sem estrutura, sem professores, problemas de falta de recursos tão absurdos estão assolando nosso país, que acho até hipócrita se olharmos para coisas como essas e ficarmos felizes.

Você acha que deveria ficar feliz e vislumbrar o avanço da tecnologia na educação, porque você tem condição de dar um ao seu filho, mesmo sabendo que muitos não tem a mínima estrutura de sequer frequentar uma escola?

Alguns vão responder: “Não posso resolver o problema do país. Ao menos quero que meu filho tenha uma boa educação”.

É por causa desse pensamento egoísta que tudo está assim, ninguém move uma palha para ajudar ao outro.

Não acho que a criminalidade seja justificativa. Mas pessoas que estão expostas a isso diariamente e sem oportunidade alguma estão mais propensas a praticar delitos. Um belo dia, o seu lindo filho pode acabar vítima de um desses filhos de zé ninguém e sem oportunidades, que por não ter base nenhuma psicolóigica e educacional, seguiu o caminho errado. Mas, ainda assim, o problema não é seu, certo?

Mas, se quiserem continuar não se importando, sendo egoístas e votando no Lula, é o tal do livre-arbítrio. Só não reclamem depois que o país está uma merda.


Nuno Bianchi
Apr 6th, 2010 at 9:41 pm

Opa… pera só um pouquinho que eu to drenando o estado vizinho, aqui.
A gente já vai estar lidando com seu chilique.
Beijo se liga.


6 Marcus
Apr 7th, 2010 at 12:08 pm

Nossa, amigo “Manifesto”, fiquei muito tocado por seu texto.
Fiquei triste, e comecei a pensar na vida… realmente, temos que fazer nossa parte! Não podemos continuar não nos importando… Lula malvado, é tudo culpa dele!!!

Mas então, vamos começar fazendo nossa parte, ok? Arrumar o quintal pra depois arrumar a vizinhança, certo? Pode começar ae, cancelando seu acesso a internet e doando seu computador. Afinal, nem todo mundo pode ter um, e como fica o SEU egoísmo??? Então olha só, quando vc me mandar uma carta dizendo que já fez isso, eu me preocupo com seu texto babaca e revolucionário de quinta.

Enquanto isso, no mundo real…


http://updateordie.com/updates/estilo-comportamento/2010/04/a-mochila-de-escola-20/

E você em qual mundo vive? Não, eu não gosto de discutir política (apesar da importância que dou a tal tema). Não, eu não sou petista. Mas convenhamos...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Descoberta

Eu sou de verdade!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Dia da Verdade






Todas as ilustrações acima foram retiradas do blog: http://www.egotismo.blogspot.com/

segunda-feira, 29 de março de 2010

A Era do Individualismo

Terremotos. Enchentes. Depressão. Crise econômica. Violência urbana. Corrupção. Exemplos atuais de problemas que têm ilustrados as manchetes dos meios de comunicação do mundo todo. Hoje, os problemas não são mais de um país, de uma cultura ou de uma realidade específica, eles estão endereçados a todos nós.

E que contradição! Ao analisarmos cada um destes problemas tão globais enxergamos como pano de fundo um individualismo extremo: lucro de poucos em detrimento da vida financeira de muitos; uso excessivo das fontes naturais por satisfação de desejos particulares; descrença em instituições e órgãos públicos; abundância de relacionamentos virtuais em contrapartida com a dificuldade de construção de relacionamentos reais e por aí em diante.

Não dá para encarar todos estes fatos e culpabilizar apenas os representantes da geração Y (nascidos a partir da década de 80), o individualismo vem como conseqüência da convivência de diferentes gerações no qual a máxima dos três mosqueteiros “Um por todos. Todos por um.” soa tão distante quanto o ano de publicação do próprio romance: 1844.

É fato que os jovens nascidos a partir dos anos 80 cresceram em um contexto sócio-econômico que estimulou o individualismo, afinal eles nasceram em uma época na qual as famílias são constituídas por poucos membros e com raros momentos de convivência. A ascensão da tecnologia personalizou os meios de comunicação. A cultura do crédito trouxe a possibilidade de realizações financeiras bem particulares, entre outros fatores que poderiam explicar a realidade que nos deparamos todos os dias, mas que, sinceramente, não poderiam justificar.

Jovens, pais, avós, professores, gestores de empresas, nenhum de nós pode aceitar o estigma de que permaneceremos na era do individualismo e não fazer nada para a transformação disso. O individualismo não pode ser considerado uma característica inerente ao ser humano, não é. É preciso estimular, quem quer que seja, a perceber que o impacto disso não será no futuro, será hoje.

Este texto foi escrito a pedidos do Guia Rio Claro publicado também no www.guiarioclaro.com.br

terça-feira, 9 de março de 2010

My dashboard


Haverá o dia que copiaremos o HTML do google analytics e colaremos em algum espaço depois de alguma barra do nosso código genético. Eu sei!

Ao final de cada dia acessaremos, ansiosamente, os nossos dashboards e lá estarão as estatísticas: neste último mês 230 pessoas se conectaram à você. 180 através de ferramentas de busca, 40 se conectaram porque outro citou você e apenas 10 (dezinhos) se conectaram porque, de verdade, queriam ter acesso a quem você é.

Fico daqui imaginando o que as pessoas procurariam, em sua memória, para sem querer querendo cairem em mim (euzinha).

O sonho íntimo de muitos: saber como você é lembrada pelos outros quase estranhos. Quase estranhos eu chamo essa massa de 180 que simplesmente te acessou, mas não necessariamente te leu, compreendeu, comentou.

Tenho certeza absoluta que no meu view report mensal estariam registradas as seguintes estatísticas de busca que levaram os 180 a me acessarem:

25% Acessórios
25% Expressão através da escrita
50% Ela viaja!

E não é que esse google analytics é bom mesmo?!!

terça-feira, 2 de março de 2010

Simples com significado...


Marcamos a data do nosso casamento. Não só isso. Escolhemos o local. Para quem vive esta fase, sabe da complexidade que isso é nos tempos modernos que casar virou moda e indústria!
Eu nunca tive regras, nem ele. Tais como flores nobres cor azul cianesa ou a banda que tocou no casório da não sei quem Galisteu. Nada com a gente foi assim. E nem nos deu tanto trabalho quanto dizem por aí. Assim como na procura pelo apartamento.

Confesso que a gente até insiste em não fechar negócio de primeira, soaria como imaturidade ou falta de opção. Logo na segunda visita, temos a certeza que era aquele lá mesmo! Não, não se trata de algo intuitivo e sobrenatural. Trata-se de ser quem você é e saber muito bem disso.

Ele e eu sabemos, hoje, muito bem quem somos, o que queremos, que estilo de vida e que tipo de sonho queremos a dois. E por isso é mais fácil. Não é o apartamento em si, o bairro, a metragem. Nem o local, o contrato, a data. É o significado!

Somos, sim, mundanos. Quem não é? Erramos, sentimos medo, inveja e vaidade. Questionamos. Mas usamos tudo isso a nosso favor, a favor de um relacionamento a dois entre pessoas tão individuais.

Construímos juntos o título da nossa redação. "Simples com significado". E era uma vez...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Morte em vida


Sinto que algo em mim está morrendo. Algo não, alguém mesmo. Pareço me despedir, das cores, dos sabores, dos dias tranquilos, das ansiedades, do perfeccionismo. Acho que é a tal maturidade mais uma vez...

E dói, dói olhar para as pessoas e as coisas como se fosse a última vez que fosse vê-las e vivê-las. Dói saber que a vida não é tão fácil quanto imaginei, que ela não é tão preto no branco, que tem tantos poréns, sorrisos e lágrimas.

Confesso que tenho medo. Sempre tive. Medo de crescer. Despedidas nunca foram fáceis para mim. Imagine se despedir de você mesma, meu nome diz bem: renascer. Essa é minha sina.

Cresci me despedindo das pessoas que amava, minha família - de longe - me fez sentir isso a cada férias de verão, a cada inverno, a cada feriado juntos. E engana-se quem pensa que com a experiência aprendi, que nada! Lembro de cada dorzinha - como esta agora - que fica aqui no meu peito quando sei que terei de me despedir.

O difícil nunca foi o aceno, o difícil era cobrança de ter que me despedir com a certeza que deixei o meu melhor naquele para o qual digo adeus. A melhor brincadeira, a melhor declaração de amor, as melhores gargalhadas. E nunca era assim, poderia ter sido melhor. Eu poderia ter dito mais, feito mais, sentido mais.

Nada mudou. A Renata que sentia a dorzinha naquele ônibus durante os 1000 km de estrada, ainda mora aqui. Mesmo agora, que não há kilometragem, que a despedida é de mim mesma.

Nunca quero dizer adeus. Mas é preciso...


Imagem - Triskell
Simbologia - Símbolo Celto-Atlântica Europeia com um profundo significado!
Pensa-se que possa representar as 3 Deusas principais do panteão Céltico. Sem dúvida é um símbolo solar que representa o movimento e as fases da Vida e do Dia.
Nascer, Viver e Morrer. Assim faz o sol e assim corre o dia e as nossas vidas. A própria estrutura do símbolo dá a sensação de movimento como se ninguém pudesse parar este constante desenrolar do tempo.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Com-Partilhar...

Este blog - abandonado -serviu de alguma forma para muitas coisas em minha vida. Mas confesso, sem medo de parecer piegas, que fico feliz mesmo quando percebo que ele serviu para algo na vida de outras pessoas; mesmo que a influência não tenha sido diretamente pelo conteúdo do que escrevo, pode ser servir de guia-mestre para uma amiga criar seu próprio blog que já me dou por muito satisfeita!

Hoje soube que a partir deste blog alguém muito especial criou seu próprio espaço virtual para compartilhar seus pensamentos, dúvidas, certezas e desencontros ao comemorar seus 40 anos de vida.

E sabe o que me deixa mais feliz? Ela não gosta muito de escrever, ela criou pelo compartilhar mesmo. E é isso que a torna única em minha vida: comigo, ela compartilha. Pode ser aquele comentário de elevador sobre a chuva de ontem, pode ser aquele comentário mais profundo sobre a sensibilidade de um olhar, pode ser uma idéia de duas crianças brincando de olhar o que está ali de outra maneira, formato e sentido.

E não me venham com comentários - inexistentes - que compartilhar é fácil. Os tempos modernos seriam bem diferentes se houvessem mais encontros entre pessoas dispostas a com-partilhar.

Enfim, compartilhar neste mundo virtual faz bem, é catártico. Mas difícil mesmo é saber compartilhar além desta telinha que nos protege da realidade. E ela sabe: aos40anos.blogspot.com.br

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Aos temores e amores...

Eles rimam. E não é por poesia boba não.É por essa poesia que tem na vida e que só louco sabe escutar: as rimas, os sons, os tons, a melodia.

Tem quem brinde à saúde a à sorte. Tem quem brinde às alegrias e às posses. Eu brindo aos temores e amores. E, cá entre nós, bendita hora que colamos um no outro. Se temo, amo. Se amo, temo.

São só algumas letrinhas que os diferenciam, o “te” e o “a”. O resto é igual, o mesmo formato, o mesmo conjunto, a mesma conjugação. E acho que esse tal de “te” e “a” significam mesmo esse desafio que é amar alguém e amar a si ao mesmo tempo.

O “a” sou eu e o “te” é o outro. E como a gente se perde nesse labirinto. Se “te” amo, temo. Mas só me “a”mar não dá. Mas também não dá para só “te” amar e esquecer que há um “a” em mim. E é nesse labirinto que me perco. Que me acho. Que vivo.

Ah! Senão fossem meus temores. Ah! Senão fossem meus amores...tim tim!